Coffee |
|
A Cafeteria
A Cafeteria
Ambientação do Capetafé.
Observações:
> É possível e permitido circular por toda a Cafeteria à vontade.
> É possível e permitido criar NPC's para ajudar na postagem ou na lore [sendo clientes ou não]
> O Barista está sempre disponível para interação e pedidos [sendo citado como NPC ou com a ADM].
> O cardápio e os preços dos café você encontra na lista abaixo.
- Produtos:
- Cafés Quentes
- Vanilla
Expresso, baunilha, caramelo e leite (220ml) - Super Mocha
Expresso, chocolate, canela e leite (220ml) - Nutelatte
Leite vaporizado, avelã e nutella (220ml) - Mocha
Expresso, chocolate e leite (220ml) - Matcha
Chá matcha, coco e leite (220ml) - Floresta Negra Quente
Expresso, cereja, chocolate, chantilly e leite (220ml) - Expresso
Expresso duplo (40ml) - Coado
Café coado (220ml) - Cherrychino
Expresso, cereja e leite (220ml) - Cappucino Italiano
- Cappucino Galak
- Cappucino KitKat
- Baileys and Coffee
Cafés Gelados - Spiced Coffee
- Sensação
- Prestígio
- Ovomaltine
- Fresh Coffee
- Floresta Negra
- Fit Coffee
- Expresso Tonic Ment
- Expresso Tonic Grenadine
- Expresso Tonic Coco
- Expresso Tonic Gengibre
- Cold Mocha
- Cold Matcha
- Cold Coffee
- Cold Baileys
Bebidas Refrescantes - Soda Italiana Melancia
- Soda Italiana Maçã Verde
- Soda Italiana Cranberry
- Pink Limonade
Para comer - Pastel de Belém
- Mini Pão de Queijo
- Mini Coxinha
- Donut Safari
- Donut Frapê
- Croissant
- Cookie Chocolate
- Cookie Baunilha
- Vanilla
- Mensagens : 14Data de inscrição : 23/03/2024Idade : 20
Re: A Cafeteria
Hoje, digo isso com um certo sorriso no rosto, percebendo o quão fantasioso o mundo de uma criança pode ser. Conquistei a maioridade, e a coisa que eu mais queria era poder voltar ao momento em que eu era uma criança, sem preocupação. Tudo fica mais “cômico” quando redijo essas palavras de dentro do metrô, em pé a mais de trinta minutos com uma mochila extremamente pesada por cima dos ombros. Ah, sobre a namorada? Prefiro nem comentar; nunca cheguei perto disso.
Estar em São Paulo era uma mistura de sentimentos que eu não conseguia lidar tão bem, ainda mais por vir morar aqui recentemente; tanto meus pais quanto eu nascemos em Vitória, no Espírito Santo e construímos nossas vidas por lá, até que meu pai recebeu uma proposta quase que irrecusável, e por isso nos mudamos. Em comparação com a minha cidade, São Paulo é uma grandíssima bagunça; muitos carros, muitas pessoas, o ar é pesado e o que mais me faz falta é o mar, definitivamente. Sinto falta de quando eu pegava um “515 Beira-Mar” e podia sentir o vento e a maresia contra o meu rosto. Fazia duas semanas desde que eu havia finalmente me mudado. Nosso apartamento estava situado na Mooca, uma região até que bem legal de São Paulo, mas confesso que é muito estranho estar em um lugar tão “pequeno” em comparação ao espaço que eu tinha antes, em uma casa que definitivamente era apenas nossa.
Por sorte, quando a porta do metrô abriu, me reencontrei em meus pensamentos; o cheiro característico da cidade que não dorme invadia minhas narinas com agressividade, logo aquelas que estavam acostumadas com o cheiro do mar e do verde de Vitória. Estava começando a chover bem pouco, então tratei de apressar meu passo; era sexta-feira, mais conhecida como “o inferno” na vida de quem fazia Engenharia da Computação na FAM. Tínhamos aulas estressantes e projetos que nos prendia ali até por volta de meia-noite.
— Tudo bem, até semana que vem. — Disse com um sorriso tímido, me despedindo de uma garota que havia puxado assunto comigo na aula. Era a minha primeira semana e eu ainda não havia estabelecido grandes conexões, não que isso realmente fosse algo que eu me importava.
Outro ponto que sempre julguei muito estranho em São Paulo era a movimentação sempre “agressiva” daquele lugar; de dia, as pessoas corriam de um lado para o outro apressadas para o trabalho e coisas do tipo. De noite, as ruas davam espaço para as mesinhas de bar que lotavam sempre, não importando o dia. A rua da minha faculdade, por sinal, sempre fora muito famosa no que diz respeito a vida boêmia; a Rua Augusta, onde tudo que tem de estranho no mundo se reúne em um só lugar. Para quem mora em Vitória, é só pensar em uma Rua da Lama, só que mil vezes maior e com todo bar sendo o Bar do Mãozinha e o seu seleto público “único”.
Normalmente, meu caminho seria o mesmo; ir até a estação e entrar no metrô que me levasse até a estação próxima da minha casa, mas um lugar me chamou a atenção; em meio a tantos bares, um espaço confortável e aconchegante formava uma cafeteria, cujo nome chamou a minha atenção: Capeteria. Sem pensar muito, resolvi atravessar a rua, adentrando-a. O cheiro do grão torrado era quase a sensação de um orgasmo, ainda mais por ser um apaixonado pelo café. Me aproximei do balcão, analisando todo o ambiente. Tinha alguns clientes, todos acompanhados e com conversas animadas.
— Boa noite. — Anunciei-me para a barista que estava de costas. — Eu vou querer um Cappuccino Italiano, por favor. Vou pagar no Pix, tudo bem? — Retirei o celular do bolso quando ela me apontou o QR-Code. Enquanto eu entrava em meu banco, a mulher começou instantaneamente o preparo da minha bebida, demonstrando o quão eficiente ela era. Eu só não contava com um problema…
— Ah não, mentira… — Sussurrei, apertando o botão lateral do celular sem parar. Ele havia descarregado, e a minha bebida estava quase pronta. Quanto azar… só me restava uma única opção: — Com licença moça, eu estava para pagar, mas infelizmente meu celular descarregou. — Mostrei a tela escurecida para ela. — Você não teria um carregador para me emprestar? Apenas o tempo suficiente para que eu possa ligar e te pagar… — E no fim, só me restava torcer para que ela pudesse me ajudar, ou eu teria que lavar umas canecas até o Sol raiar.
- Mensagens : 4Data de inscrição : 02/04/2024
Re: A Cafeteria
| ||
| ||
Tag: Somewhere + Words: 666 + Outfit: here |
- Mensagens : 3Data de inscrição : 30/03/2024Idade : 22Localização : São Paulo
Re: A Cafeteria
— Olha, eu não tenho carregador. Você não tem um cartão? — A barista repousou o pitcher em sua bancada. Só pude observar a fumaça do leite vaporizado subindo pelos ares, ao passo em que meus olhos se erguiam para a mulher. Sendo um capixaba, eu não sou o maior exemplo sobre “educação”; é de conhecimento geral que nós não somos muito receptivos com estranhos. Não tenho costume de dar bom dia, cumprimentar as pessoas de modo geral, e sinceramente sempre acreditei que isso era algo “endêmico”, mas estive sempre muito enganado. O paulista consegue ser pior. Quais as chances daquela barista ser tão escrota quanto o que eu já esperava?
— Eu tenho, mas… — Levantei o celular, balançando-o levemente. — … só por aproximação. — Nunca tive o costume de sair levando cartões por aí. Na minha carteira sempre existia apenas o essencial. — Olha, tudo bem, eu– — Estava prestes a me humilhar, perguntando se poderia deixar a minha mochila com os materiais ali como garantia de que eu voltaria no dia seguinte e pagaria pelo cappuccino, quando uma voz feminina atrás de mim se fez presente. Arqueei a sobrancelha quase que instantaneamente, me virando em direção à voz. Foram dois segundos, ou até menos, mas foram os segundos mais embaraçosos da minha vida; a garota era estranhamente linda. Não um “linda”, mas um verdadeiramente linda, como aquelas garotas que você só encontra pelo Tumblr da vida para poder usar como faceclaim nos RPGs (é uma fase obscura da minha vida, não vamos entrar nesse assunto). Ela se ofereceu para pagar o meu café, como se algum ser divino a tivesse colocado em meu caminho. Eu nunca recusaria um café grátis.
— Nossa. — Sorri, um pouco sem graça. — Que vergonha, né? — Enterrei as mãos no bolso da minha calça, espichando o corpo por alguns segundos. — Mas muito obrigado por se… “compadecer” pela minha historiazinha. Quem sabe ela não vire um livro, não? — Puxei a mão para fora do bolso, olhando-a nos olhos verdes. — Matheus, aliás. — Estendi a mão, esperando que ela cumprimentasse.
— Um cappuccino italiano e um mocha. — A barista depositou as duas canecas quentes no balcão, um sorriso simpático no rosto. Antes que a ruiva tomasse a iniciativa, eu o fiz. Veja bem, eu não costumo sair por aí fazendo isso, mas é uma cidade nova, coisas novas, pessoas novas. Eu não conheço ninguém, e é muito ruim só ter os amigos em um servidor do Discord para conversar… quem sabe ela não poderia sair comigo por aí, me apresentar os lugares e afins?
— Acho que o mínimo que posso fazer por ti é lhe convidar para tomar um café, não? — Peguei as duas canecas, indicando uma mesa ao canto para ela se sentar. — Nossa, foi um pouco egocêntrico de minha parte, desculpe. — Sorri, um pouco atrapalhado com as minhas palavras. Tomei um gole da bebida, sentindo o líquido quente preencher a minha boca com primazia.
— Uau. Isso é muito bom! — Sussurrei. — Já descobri onde é o meu lugar preferido aqui.
- Mensagens : 4Data de inscrição : 02/04/2024
Re: A Cafeteria
| ||
| ||
[i][b]Tag: Somewhere + Words: 666 + Outfit: here[/b][/i] |
- Mensagens : 3Data de inscrição : 30/03/2024Idade : 22Localização : São Paulo
Re: A Cafeteria
— Helena? De Tróia? — Perguntei com um sorriso bobo no rosto. — Não me diga que é a do My Chemical Romance! A minha época de emo já passou… mas clássicos nunca envelhecem, né? — Balancei a cabeça enquanto pegava as bebidas, evidenciando um leve arrependimento. — Desculpa, eu falo antes de pensar. — Balancei levemente a cabeça, ajeitando algumas mexas da cabeleira que insistiam em avançar na direção dos meus olhos.
Dizem que, quando estamos prestes a morrer, um filme passa em nossa mente, mostrando os melhores momentos e os maiores arrependimentos. Eu não sei dizer quando morrerei, tampouco o que irá aparecer nesse suposto filme, mas depois do primeiro gole no cappuccino, tive total compreensão de que certamente aquele seria um dos momentos; quando provei pela primeira vez a bebida daquele lugar – não que isso seja extremamente importante, mas certamente a risada da Helena também seria um desses momentos.
— Sua risada é muito gostosa. — Comentei de supetão, sentindo o rosto esquentar quase que imediatamente com o comentário. — De novo; falo demais. Não me entenda mal, foi com todo o respeito! — Depositei a caneca na mesa enquanto me ajeitava e tentava esconder o sorriso sem graça.
— Mas sim. Isso é definitivamente de outro mundo. — Enfiei as mãos no bolso da camisa de frio, observando os olhos verdes de Helena, observando o movimento na rua por breves momentos. — Sabe, lá em Vitória definitivamente não tem nada parecido. Nada mesmo.
Viajei com o copo dela, observando cada detalhe até ela colocar em sua boca e sorver o líquido; ela possuía uma certa elegância, sutil, mas definitivamente elegante. Ela não parecia estar tentando impressionar de alguma forma; era como se ela realmente fosse daquele jeito. Sorri quando ela voltou com o copo, dessa vez pegando o meu e bebendo do meu cappuccino. Aquilo só reforçava a ideia do quão maravilhoso era aquilo.
— De verdade, obrigado por isso. Eu já estava me preparando para lavar as xícaras! — Trouxe um pouco de espanto para a voz, como se quisesse demonstrar um certo medo – pura mentira; eu certamente encontraria um método de me resolver com a barista, mas em nenhum deles eu teria conhecido Helena.
— Mas diga-me, você costuma vir aqui sempre para pagar os pedidos de clientes novos? — Arqueei a sobrancelha, traçando um círculo pequeno com o indicador na borda da minha caneca.
E então tive uma ideia; não me pronunciei. Simplesmente abri a minha mochila ali, apoiando-a no sofá acolchoado enquanto retirava um dos meus cadernos do Ben 10 – sim, isso é uma piada interna… ela não vai perceber, eu tenho certeza – e uma caneta.
— Não sei se isso já aconteceu contigo, mas… — Entreguei a caneta para ela, deslizando o caderno em uma página aberta. — … anota o seu número para eu poder te chamar? — Ok, confesso que dessa vez fui um pouco mais maldoso; queria que aquilo tivesse uma segunda interpretação.
— O que? Achou mesmo que eu ia deixar você me pagar um café e só isso? É claro que quero te devolver o dinheiro depois! Não sou caloteiro, juro.
- Mensagens : 4Data de inscrição : 02/04/2024
|
|